UM EXERCÍCIO PARA CRIATIVIDADE - DIA 1
14:21
Eu sinto um tremor, uma leve tensão periódica em minhas pernas, me deito para aliviar, porém por algum motivo, talvez inconscientemente para iluminar meus pensamentos, acendo um simples cordão luminoso perto da minha cama, no inicio só consigo enxergar cada ponto de luz, porém aos poucos meus olhos se adaptam e consigo ver os móveis, paredes e um pequeno pedaço do corredor. Às vezes eu consigo exercitar uma prática de tentar ver respostas e motivação em pequenas coisas, em transformar tudo em uma metáfora para minha própria vida, provavelmente não é algo que funciona, porém pode trazer alguma paz, pois a história das pequenas coisas as vezes têm um início, meio e fim, respostas me trazem conforto, as respostas das pequenas coisas são mais possíveis e fáceis, ás vezes.
Passear abertamente em uma tarde ensolarada e depois adentrar em um espaço fechado, por mais claro que seja, seus primeiros segundos também são regados por uma leve escuridão, até que a luz de dentro seja natural aos seus olhos. Eu não gosto de aforismos, meu primeiro julgamentos sobre coisas famosas é a superficialidade, mas o problema de primeiro julgamento é esse, não se esforçar para entender. “As respostas estão dentro de você, basta um olhar” Porque não? Mas quanto tempo leva isso? Olhar para dentro de si e ver algo, infelizmente não leva alguns segundos, olhar para dentro e ver uma completa escuridão, um abismo de muitas perguntas e nenhumas respostas, um caminho desconhecido para algo desconhecido, sua própria vida! Alguns segundos com certeza.Há alguma rotina mais nobre nesse olhar? Eu posso ser mais paciente comigo mesma? Posso tentar, ao menos tentar entender esse tempo singular e individual para cada pessoa que se impõe como tempo generalizado? Posso entender que o passado, ruim ou bom, hoje se transforma apenas em um toque sob meus pensamentos?
Tentar é angustiante, tentar sabendo que não passara disso, tentamos e sobrevivemos mais um dia, e de dia em dia construímos uma história, até o ultimo dia!
Graziela.


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