Sábado coleguinhas!
16:40
Oi, tudo bem?
Manhã de sábado, sol quentinho, café descafeinado quentinho pela primeira vez, leve corrida pela segunda, praia de areia branquinha, coqueiros, algas e formações rochosas. Escolhi não estar na companhia de tecnologia, prolongando a sensação de paz de não ter preocupação com bens materiais, embora meus pertences naquela praia fossem os mais valiosos, ninguem olharia com olhos de cobiça. Nos apegamos a coisas por tras do véu da ilusão da vida, e mesmo tendo olhos conscientes ainda sim nos preocupamos, quando dizem que o amor permite a liberdade, sem tomarmos posse, penso no livro que levei pra praia, eu o amo, o pouquinho mais de sabedoria que ele me da, eu amo mais que o meu celular, eu o levei para praia e ele teve a oportunidade de ser livre, em intervalos de tempo, ficava distraída na água sem olhar para tras. Meu livro estava lá, me fazia companhia, mas a sensação de posse não era tão grande quanto a do celular.
E mesmo estando aberta para os questionamentos da vida, ainda sim se construir é a missão mais difícil que ganhei, eu ganhei esse corpo para usar e essa cabeça para pensar, sei que devo fazer o melhor que posso no tempo de hoje, que devo me comprometer em ser melhor sob os olhos da natureza, a criação e também do trabalhador ao qual trabalho gerou a minha vida.
Estar presente aqui e agora é difícil, lá na praia também foi, enquanto observava um casal apresentando o Sr. mar para seu bebê, enquanto me imaginava naquele papel de mãe, e construía os traços pequenos do rosto da minha filha, então pensei e fiquei triste por um momento, nao sei se por não ser mãe ou se pela ansiedade de alguém que tenta todos os dias não se apegar a coisas erradas, alguém que sabe que o que eu conquistar, verdadeiramente, nunca poderá ser tirado de mim.
Entender o tempo, me parece uma das lições mais importantes da vida, e como falhamos.
Eu fui surpreendida nesse momento da vida, uma boa surpresa. Sou grata por isso, e nisso ficarei atenta.
Graziela Nunes.
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